tag:blogger.com,1999:blog-88930433671611462742023-11-16T09:17:35.277-08:00Fazemos arte por comidaFazemos Arte por ComidaClaudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-76779209106764954692010-08-23T21:13:00.000-07:002010-08-23T21:14:48.397-07:00Rua dos Limões, 75Nunca deixe que te definam.<br />Não em uma palavra.<br />Devemos sempre expandir.<br />Nunca nos resumir em um adjetivo fugaz.<br /><br />Nunca deixe que te entreguem mapas.<br />Não olhe na direção que apontem.<br />Onde está o seu norte?<br />Para onde você realmente quer ir?<br /><br />Não deixe que te comparem.<br />Nascemos belos por sermos livres.<br />Nascemos livres para sermos únicos.<br />Quem é você?<br /><br />Tenha em mente que você existe por algum motivo.<br />E saiba que tem que fazer algo.<br />Que você sabe.<br />Que só você pode.<br /><br />Saiba observar todos os momentos.<br />Cada segundo é especial.<br />E especial demais para ser desperdiçado.<br />Ser tratado como um piscar que aconteceu.<br /><br />Deseje todo dia que seja o dia de sua morte.<br />E assim que acordar escolha como vai morrer.<br />Saia de casa ao encontro de seu destino.<br />E aja com naturalidade em cada segundo.<br />Caminhe em passos largos em direção ao fim.<br />Por fim. Viva!Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-71037530312496236112010-08-14T09:46:00.000-07:002010-08-23T21:16:15.405-07:00CinzaEnquanto pode ser, é.<br />E queima. Como o ardor prazeroso do sol de inverno.<br />Quando não mais, morre.<br />E queima.<br />Como a frieza mórbida de gelo seco.<br />E dói.<br /><br />E o eterno?<br />Dura enquanto pode ser.<br />Uma vida inteira.<br />Uma noite ou meia.<br />O minuto que está por vir.<br />Ou então, enquanto seus olhos puderem sorrir.<br /><br />E hão brilhar.<br />Em uma fotografia.<br />Guardada a sete chaves.<br />Em uma gaveta escondida.<br /><br />E outros olhos também vão brilhar,<br />lacrimejantes à imagem.<br />E desejar que o fogo volte a queimar.<br />Transformando tudo em cinzas<br />Que o vento possa soprar para longe<br />E que sobre apenas as marcas.<br />De um incêndio fugaz, leve e intenso.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://tantodemim.blogs.sapo.pt/arquivo/MiguelAlmeida.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 479px; height: 359px;" src="http://tantodemim.blogs.sapo.pt/arquivo/MiguelAlmeida.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-20723916419290066272010-07-22T20:46:00.000-07:002010-07-22T20:52:36.020-07:00LeveVou me despir de tudo aquilo que me incomoda<br />De tudo que me rasga a pele<br />Vou descarregar todo o peso excedente<br />Vou me ausentar de tudo o que me cansa.<br /><br />Vou tirar de mim tudo aquilo que me arrasta<br />Vou soltar os grilhões que me ferem<br />Vou desviar de todo mal que me mata<br />Vou esquecer todos os objetos que me esquecem<br /><br />Vou exorcizar todos meus demônios<br />Vou decifrar todos meus sonhos<br />Vou avaliar todos meus planos<br />Vou analisar meus medos<br /><br />Vou caminhar na corda bamba<br />Das minhas mais fajutas esperanças<br />Vou vacilar a cada passo<br />Vou cair, vou voar, passear no vazio<br /><br />E quando assim fizer<br />Vou começar de novo.Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-48164454456152773872010-06-30T21:04:00.000-07:002010-06-30T21:07:46.192-07:00Patrícia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://img697.imageshack.us/img697/5186/imagem1qo.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 651px; height: 1471px;" src="http://img697.imageshack.us/img697/5186/imagem1qo.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-23206269987223937772010-04-07T15:31:00.000-07:002010-04-07T15:33:38.823-07:00Fragmentos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i42.tinypic.com/28a1x3.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 640px; height: 1389px;" src="http://i42.tinypic.com/28a1x3.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-74410122132681608282010-03-25T14:40:00.000-07:002010-03-25T14:55:33.234-07:00Eu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i39.tinypic.com/2mc6hhy.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 678px; height: 1568px;" src="http://i39.tinypic.com/2mc6hhy.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-19682361971950406912010-03-16T23:12:00.001-07:002010-03-16T23:12:47.378-07:00NoiteÉ como se todos fossem apenas um susurro,<br />Uma voz tão suave que não podemos ouvir.<br />É como se todas as vozes fossem apenas um vazio<br />Um grito sem som na madrugada.<br /><br />É como se todas as imagens fossem apenas o breu.<br />Como se todos os túneis não tivessem fim.<br />É como se todo quarto fosse escuro.<br />É como se todas as luzes não se acendessem.<br /><br />Eu percebo os carinhos quase sempre em vão<br />Eu percebo olhos perdidos.<br />Eu vejo o brilho na íris.<br />Observo caminhos, para onde vão?<br />O brilho seco de quem não sabe o que quer.<br /><br />Eu vejo passos errantes.<br />Observo rostos marcantes.<br />O asfalto brilha à luz do mercúrio<br />Eu resmungo música, lamúrio<br /><br />Empurro o portão cambaleante<br />A fechadura automática dançante<br />É um passe de mágica está aberta<br />Eu vejo um gato, eu vejo porta.<br />Eu vejo um quarto eu vejo uma luz<br />Eu vejo uma cama vazia.....<br />Solidão é uma droga.<br />E é o meu vício.Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-5477027172839442932010-03-10T11:22:00.001-08:002010-03-10T11:24:43.200-08:00O Chico não me atendeu, alguém tem o telefone do Paulinho da Viola?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i39.tinypic.com/r9gy04.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 647px; height: 610px;" src="http://i39.tinypic.com/r9gy04.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-25401953861395563132010-02-24T21:30:00.000-08:002010-02-27T22:17:51.147-08:00ColoridoMeus olhos piscam. Mais uma vez. E outra. Em um ritmo frenético. Como se eu pudesse ver a freqüência da televisão invadindo minha retina e percorrendo os nervos ópticos até que eu pudesse decodificar cada estímulo luminoso e formasse pouco a pouco a imagem em minha memória. Que imagem? Estou parado sentado piscando. O sono bate, mas não quero dormir. Ela me seduz. Ajeito-me no sofá, a posição está incomoda. Minhas costas doem, reluto em aceitar mas sei que é devido ao fato de estar sentado há muito tempo no sofá olhando a televisão, vidrado , concentrado e absolutamente perdido por não ter idéia de tudo o que eu assisti.<br /> Faço um tour com um controle remoto em todos os canais, procurando algo interessante. Iludo-me seguidas noites em busca de uma novidade. A casa está apagada, completamente escura. Os únicos sons são dos cachorros que latem longinquamente e a televisão. Não, espera, a televisão não faz som. Agora olhando atento, escuto um diálogo qualquer sobre um assunto que eu não compreendo. Ahhh ela está ligada. Devia ter prestado atenção desde o começo. Vou mudar de canal. Um cachorro late perto de casa, desvio meu olhar para o lado esquerdo e procuro ver se existe algo diferente. Ele passa latindo. Volto a minha rotina. Pisco, três vezes seguidas, bocejo. Estou com sono, mas não queria. Já sei! Vou buscar uma Coca-Cola ela sempre me desperta.<br /> Levanto e observo a casa escura, meu próximo desafio atravessar a casa sem acender as luzes, chegar na cozinha, me servir e voltar sem acordar ninguém. Não, espera aí. Eu moro sozinho. Tudo bem vou encarar o desafio.<br /> Os primeiros passos são tranqüilos o brilho azul me guia até o primeiro portal. Dali em diante são sete passos até a porta da cozinha à direita, mais três passos e estou na geladeira. Pronto plano definido só falta executar. Levanto do sofá e caminho até o portal. Breu. Os três primeiros passos são confiantes, olho para trás e a luz azul fosca me convida a desistir. A tentação por segundos me domina, mas um bocejo me enche de coragem para prosseguir afinal de contas faltam apenas sete passos. Respiro fundo e continuo, quatro passos tateio a parede e encontro a entrada da cozinha. Minha respiração está ofegante, olho mais uma vez para trás a luz azul parece distante. Sigo três passos, desvio da mesa e pronto a geladeira. Abro a porta e a luz amarela é agradável, mas não reconfortante quanto a luz azul que me aguarda lúgubre do outro lado da casa.<br /> Coloco a mão sobre a geladeira, pego uma caneca de vidro, caneca sobre a mesa, garrafa na mão. Preencho a caneca, fecho a garrafa, guardo e empurro a porta. Breu. Merdaaaaa! Cadê minha caneca? Sinto-me um idiota. Tateio dois segundos e abro a geladeira de novo. Avisto a caneca, recolho fecho a geladeira e caminho de volta. A volta é rápida e tranqüila sigo como referência a luz no fim do corredor. Paro na entrada avisto a TV postada frente ao sofá. Aquele cone de luz azul enche meus olhos de água, é como se eu voltasse para casa depois da guerra. Mas todo este conforto carrega um sentimento de tristeza que não sei explicar. É uma imagem difusa no meu cérebro, misto de emoções e projeções. Só me resta desfrutar daquilo que tanto me agrada. Caminho até o sofá, sento confortavelmente. Braço no braço do sofá, caneca na mão. Luz no corpo. Observo tudo em volta, está tudo perfeito.<br /> Quase perfeito!Uma lágrima escorre dos meus olhos quando ergo a cabeça e vejo aquela imagem na tela. As faixas coloridas iluminam todo o retângulo brilhante. Onde estão meus amigos? A caneca se solta da minha mão, se espatifa em mil pedaços no chão, o líquido escorre em meus pés. Eu sinto molhado, mas não olho. Tenho o olhar fixo.<br />Meus olhos piscam. Mais uma vez. E outra. Quero estar aqui quando eles voltarem!Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-74732681786221938692010-02-18T18:30:00.000-08:002010-02-19T00:34:04.482-08:00Faísca de Vida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i49.tinypic.com/1ox938.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 673px; height: 874px;" src="http://i49.tinypic.com/1ox938.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i46.tinypic.com/1072n9t.jpg"><br /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-66673305046717585572010-01-19T18:47:00.001-08:002010-01-19T18:48:51.371-08:00No fim de tudo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i50.tinypic.com/jg0h7c.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 673px; height: 880px;" src="http://i50.tinypic.com/jg0h7c.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-38045288956709367172009-11-25T07:32:00.001-08:002009-11-25T07:35:05.764-08:00Me, Lê and Andy Warhol<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAddn38lCtxhQuIMhqXGDDxNHcnk7XrA6IvKgqLMeT9_SlP5WiL3BthG-O5qjOZ6NBHISEdnVCnmhWoa6NpFBtXu3X_u-zLbvntWNX0DS-48uqjoUadtPew7UiJmqlS7FA5Vgo7S9sGw/s1600/L%C3%AA_Andy.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 400px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAddn38lCtxhQuIMhqXGDDxNHcnk7XrA6IvKgqLMeT9_SlP5WiL3BthG-O5qjOZ6NBHISEdnVCnmhWoa6NpFBtXu3X_u-zLbvntWNX0DS-48uqjoUadtPew7UiJmqlS7FA5Vgo7S9sGw/s400/L%C3%AA_Andy.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408064814453188450" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-50620554707726624442009-11-24T06:18:00.000-08:002009-11-24T06:21:24.431-08:00The Bitch Sales<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Jv3d4ZXxS5jQ7flQLQrZXkaSiZzhULqxYRcrlkGeEGNOod1oIajcrMIzOvrNOdbHOhxeRIFsAgu_OnttWsT-_se9s626UUF2eYYkFqjzii7anBvhuuAglNrKuRry4c3_l-PjVH30IA/s1600/Imagem047.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Jv3d4ZXxS5jQ7flQLQrZXkaSiZzhULqxYRcrlkGeEGNOod1oIajcrMIzOvrNOdbHOhxeRIFsAgu_OnttWsT-_se9s626UUF2eYYkFqjzii7anBvhuuAglNrKuRry4c3_l-PjVH30IA/s400/Imagem047.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5407674891724901202" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-770645439421985302009-10-20T08:36:00.000-07:002009-10-29T13:00:49.432-07:00SuicídioÉ impressionante como, vez ou outra, somos surpreendidos por fatos que marcam nossa vida de maneira estranha. O que vou relatar a seguir talvez tenha sido a maior das singularidades que minha mente tem o poder de recordar. Minha frieza, antes incontestável, mostrou-se impotente naqueles poucos minutos, e nunca uma pessoa mexeu tanto comigo. Não posso dizer se por sua ingenuidade ou sabedoria. Crer em tal fato talvez passe a servir de alento para muito dos leitores, mas creio eu que nem todos terão a mesma sorte.<br /> Estava decidida a pôr um fim naquilo tudo, já havia dias que pensava sobre, mas havia tomado uma decisão. Seria naquele dia. Rapidamente, cheguei a casa dela, entrei sem bater, queria fazer uma surpresa. As coisas estavam jogadas no chão. Apanhei uma garrafa de whisky quase vazia. Parecia fazer semanas que ela não saía de casa, nem ao menos de sua cama, exceto quando recebia pizzas que pedia pelo telefone. Este havia sido destruído, provavelmente com um arremesso enfurecido na parede. As caixas de pizza ainda se encontravam ao chão com restos cobertos de formigas. Levei a garrafa até a boca, estava insuportavelmente quente, a tal ponto que distorcia minha face para engolir a pequena quantidade despejada. Após experiência não muito agradável com o sabor da bebida, abandonei a garrafa novamente no chão.<br /> Caminhei ao quarto dela lentamente. Empurrei a porta que estava semi-aberta. A pouca luz que iluminava o quarto provinha de um pequeno abajur que se encontrava ao lado da cama. Deparei-me novamente com a desordem aparentada de semanas. O quarto não era demasiado grande, porém o suficiente para uma pessoa sozinha. Havia ainda nele uma porta que dava para um banheiro. Passei ao lado da cama sem que ela despertasse de um sono profundo e desinteressado, certamente acarretado pela grande quantidade de álcool que havia consumido. Como se acompanhasse minha caminhada, o corpo dela se arrepiava a cada passo que eu dava em direção à porta. Em um espetáculo lúgubre seu corpo parecia sentir minha presença e se ouriçava à medida que eu passava ao seu lado, começando pela cabeça que estava virada aos pés da cama, descendo pelo seus braços e tronco, chegando finalmente às suas pernas. Cheguei ao banheiro, mas não entrei, apenas a vista superficial da porta reforço minha idéia sobre os motivos de seu jazer. Havia sobre a pia outra garrafa de whisky, essa pela metade e uma caixa de calmantes. Ao visualizar tal mistura, comecei a duvidar se o sono dela seria mesmo sono, ou se havia chegado atrasada para evitar o pior. Logo restabeleci a razão. Tal infortúnio era improvável.<br /> Voltei-me para o quarto, já havia perdido tempo demais naquela casa, acabaria com tudo logo para que prontamente voltasse à minha vida normal. Caminhei até a cama onde ela se encontrava. Sua roupa descuidada deixava seus seios à mostra, mas acredito que não tinha a companhia de alguém havia dias. Não obstante as condições em que ela provavelmente fora dormir, sua respiração calma e lenta fazia seu sono parecer saudável. Observei seu rosto, agora iluminado pela luz externa que a porta permitiu entrar no quarto. Era uma mulher de rara beleza, os cabelos negros e lisos escorriam pelo seu rosto e se destacavam ao alvor de sua pele , escondiam parcialmente seu nariz fino. A boca bem desenhada quase sem cor não perdia a beleza. Era de fato uma mulher jovem e bela, mal sabia a desgraça que estava prestes a se consumar. <br /> Levantei a mão, iria pronuncia as palavras que a mim eram incumbidas. De súbito ela abriu os olhos e me fitou. Seus olhos azuis eram esfumaçados e penetrantes como os de um felino. Vacilei pela primeira vez. Nunca havia me compadecido de Ninguém, nem de velhos, nem de crianças. Era incompreensível o que fazia que eu parasse meu ato naquele instante. A agonia foi se alastrando e em poucos segundos havia tomado conta de mim. Cambaleei, apoiei-me em uma poltrona postada em frente à cama. Minha respiração ofegante fazia transparecer todo escárnio que sentia por mim mesmo naquele momento.<br /> A mulher arrumou q camiseta que vestia, cobrindo os seios. Esfregou os braços, aquecendo-se do frio que parecia ter sido provocado pela minha presença, levantou-se e foi até o banheiro. Retornou com a garrafa de whisky em uma das mãos, sentou-se na cama com as pernas dobradas e encostou os joelhos um contra o outro. A luz fraca do abajur dava a seu rosto um brilho temeroso. Virou a garrafa demoradamente enquanto eu , atordoada, observava a cena e tentava recobrar-me para que, enfim pudesse fazer o que me cabia. Depois de saciado seu desejo, fechou os olhos novamente em um longo piscar, juntamente com uma profunda respiração. Abriu os olhos tão rápido quanto a primeira vez, fitou-me novamente. Indaguei se ela me via. Por instantes pude acreditar que não, mas o que aconteceu desse momento em diante pôs à prova toda a perfeição que eu depositava em meus crimes.<br /> Um leve movimento em seus lábios revelou um sorriso sarcástico, como poucos que já havia presenciado. Postei-me seriamente, à altura que minha posição exige e encarei-a, fingindo não estar surpresa com tal situação. Sucedendo seu sorriso, ela resolveu estabelecer contato:<br /> —Sabe; tem dias que não acordamos bem—até então podia duvidar que me via—entende?<br /> Tal pergunta colocou um ponto final nas dúvidas que eu insistia em manter sobre a situação. Esclarecida a dúvida, maior ainda foi minha surpresa. Acenei vagarosamente que sim com a cabeça e deixei que ela continuasse. Seu olhar profundo perdeu a noção de espaço assemelhando-se ao de um lunático, olhava para mim como se olhasse para um vasto horizonte que não tem fim.<br /> —São aqueles dias que desejamos que o mundo todo acabe. Simplesmente pelo fato de poder acabar junto com ele. Mas ele nunca acaba.....E o que nós fazemos?<br /> —Acabamos com ele?—perguntei sem me dar conta exatamente do que pretendia com aquela conversa.<br /> Ao ouvir minha resposta ela deu uma longa gargalhada e voltou a levar a garrafa à boca. —Bebemos, é isso que fazemos. Acabar com o mundo é algo grande demais para simples mortais, deixe isso para os deuses e demônios. Nós, por enquanto nos empenhamos em acabar conosco mesmo.<br /> Apontou a garrafa na minha direção em um gesto de saudação, soltou outro sorriso sarcástico, inclinou levemente a cabeça, olhou fixamente para garrafa em suas mãos. Em uma deflagração de ódio e tristeza arremessou a garrafa contra mim. Seus olhos haviam perdido a serenidade. Eram pura fúria e violência. A garrafa chocou-se contra a parede e o pouco líquido que restava produziu uma mancha disforme logo acima da minha cabeça, mas a mim que era o principal alvo, não atingiu. Seu ataque foi sucedido de gritos enraivecidos<br /> —Desgraçada! Onde é que você estava quando eu precisei de você?<br /> —Se era de mim que precisava, estou aqui.¬ —respondi mantendo a calma.<br /> Seu rosto novamente voltou à serenidade que precedia o ataque e seus olhos tornaram a se dispersar no ar. Novamente ela parecia ser uma lunática. Abaixou a cabeça; lágrimas começaram a escorrer lentamente de seus olhos, molhando alguns fios de cabelo que estavam soltos em seu rosto deixando-os grudados em sua face.<br /> —Desculpe, de nada adianta me enfurecer, devia ter aceitado que sou um brinquedo, a seu tempo e gosto.—disse em meio as lamúrias.<br /> Estava criando um vínculo afetivo perigoso com aquela conversa, tinha uma determinada função e precisava cumpri-la de alguma forma, mas em anos talvez tenha sido ela a única que se dispunha a ter uma conversa verdadeira comigo. Pensei em abraçá-la, não sei se por mim ou por ela, mas hesitei o fato de não ter acabado com tudo assim que cheguei já havia ultrapassado os limites que a mim eram concedidos. Ela continuou a falar:<br /> —Você é tão bela quanto eu via em meus sonhos. Diversas vezes eu jurava ter dormido abraçada à você, mas quando eu acordava não sentia sua presença. Acho que você sempre foi pra mim um sonho, toda noite dormia abraçada com um sonho e acordava com a realidade de mais um dia. Talvez seja esse o motivo por que tantas pessoas achem a vida tão injusta, os sonhos são muito melhores, porém eles nunca são alcançados. Mas hoje é meu dia, não é?<br /> —Assim....—levantei e olhei para ela esperando que se atemorizasse diante de minha presença, mas ao invés disso ela sorria como se vivesse uma alegre tarde de verão. Vacilei pela segunda vez, agora minha agonia beirava o desespero. Minha intriga tornou-se insuportável.<br /> —O que há com você menina?<br /> —Desejo.— respondeu prontamente—O que há comigo é desejo. Muita gente até hoje foi possuída por você, muita gente te aceitou, mas poucas te desejaram o quanto eu te desejo agora.—abriu os braços em um movimento de aceitação—Vem!. Nossos destinos estão entrelaçados como uma só coisa.<br /> —Maldita!—sentia raiva das palavras que ela me dirigia. Sentia raiva por saber que eram verdadeiras, e que ela conhecia meus caminhos como eu própria.<br /> —Isso, se enfureça. É tudo que desejo que se enfureça. E que, enfim, entregue-se a mim pelo seu ódio e pelo meu amor, para que assim possamos chegar a um só corpo. Em um só momento transformará o amor em ódio e o ódio em amor, cumprindo assim o destino dos vivos.<br /> —Alegra-se por isso?<br /> —Como já disse, há dias que sonho com você.<br /> —Então assim seja feita sua vontade minha jovem.—ergui pela terceira vez minha mão para tocar-lhe. Desta vez fui interrompida por ela.<br /> —Espere! Vamos brindar, deve ter um pouco de whisky em algum lugar.<br /> Ela correu pela porta e voltou com a garrafa, que parecia ser a mesma que havia abandonado no chão, e dois copos com gelo. Encheu os copos até a me ofereceu. Olhei para o copo e lembrei da experiência que havia tido logo na entrada. Enquanto observava o líquido no meu copo, ela levantou o copo na altura da cabeça e me fiou esperando que eu fizesse a saudação. Declarei com toda ostentação que havia em mim.<br /> —Ao amor!<br /> Ela, a moldura de minha contradição, declarou com a mesma ostentação:<br /> —Ao ódio.—e virou o copo que parecia ser-lhe da mesma pureza da água. Ante tal desafio repeti o ato, que dessa vez foi mais feliz do que minha primeira experiência. <br /> Voltou a me fitar. Seus olhos esfumaçados brilhavam de felicidade, era abstruso imaginar como alguém podia me desejar da forma como ela me desejava, mas, por fim, era chegado o momento de realizar seus desejos.<br /> Parecendo adivinhar meus pensamentos, ela voltou a falar:<br /> —A verdade é que não te desejei sempre. No início um simples abraço de qualquer seria o suficiente, mas as pessoas parecem fugir quando as coisas ficam mais difíceis. Tudo o que precisava era de alguém que me amasse como eu te amo hoje. Enfim, o que consegui foi isso que você vê agora. Nada, a não ser você.<br /> —Tenho certeza que sua família te ama.<br /> —Eu também tenho. Eles só não tentaram demonstrar isso quando eu precisei, agora também não faço questão. Tudo o que preciso é de liberdade e você vai me dar a liberdade necessária.<br /> —O preço que se paga pela liberdade é muito alto.<br /> —A liberdade se tivesse preço certamente não relutaria em comprá-la.<br /> —Sendo assim, desejo sinceramente que possa ser livre.<br /> —É engraçado ver você declarar sinceridade, já que é a única em todo mundo que a sinceridade não precisa ser posta à prova.<br /> Ri do elogio nunca antes recebido de procedência alguma.<br /> Ela abaixou novamente sua cabeça, sentou-se na cama e voltou a chorar.<br /> —Arrependeu-se?<br /> —Jamais, choro porque foi triste minha vida, porque minha solidão me ardeu tristemente enquanto definhava. Toda beleza que possa ser vista no mundo de nada vale se não puder ser compartilhada. Talvez a maior das desventuras seja saber da beleza da vida e guardar tamanha preciosidade para si só. É como guardar ácido no sangue que aos poucos vai corroendo seu corpo e destruindo tudo por dentro.<br /> Suas palavras não pareciam ser de tristeza, nem de arrependimento. Pareciam trazer consigo uma mágoa, por tudo que não pôde fazer pelos outros e tudo que não pôde receber em troca. Fitei-a piedosamente, ela secava as lágrimas que desciam em seu rosto. Olhou friamente para mim, vi novamente seu olhar se transformar. Estavam agora tão cinzentos quanto uma tarde nublada de inverno.<br /> —Sinceramente, a vida não é tão injusta como gostamos de espalhar por aí. Na noite passada desejei que estivesse aqui ao amanhecer e quando acordo me descubro frente a ti, assim me olhando e pronta pra mim. E eu, aqui estou, também pronta pra você. Pode vir eu não tenho mais receios.<br /> Dessa vez decidida, e sem vacilar, declarei?<br /> —Quando o homem se depara com o ceifador, cumpre-se a única certeza e moléstia dos que estão vivos. Da liberdade real nem mesmo a prisão do corpo de carne e osso pode privar a alma. Eis que estou aqui, seu único instrumento de liberdade e com clemência recebo sua alma.—Ela não permitiu que eu tocasse sua cabeça com minha foice, correu em minha direção me abraçou e feneceu em meus braços. Coloquei-a de volta na cama. Seu corpo alvo parecia mais belo agora que perdia a luminosidade da vida.<br /> Sentei-me novamente na poltrona e fiquei contemplando por mais uma hora o corpo da única mulher que amara e literalmente conhecera a Morte.<br /> Seu corpo foi encontrado quatorze dias depois, a causa mortis foi definida como overdose por ingestão de calmantes. Aos parentes e conhecidos, foi declarado que houve suicídio.Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-45373212388856775112009-09-11T14:32:00.000-07:002009-09-11T14:33:16.924-07:00O ImbecilDeixe que as estrelas consumam o céu<br />E deseje!<br />Deseje e inveje.<br />Interrogue-se! Por que não?<br /><br />Estire suas asas e salte.<br />Luminoso como uma estrela<br />E voe livre de olhos fechados<br />És um anjo, alvo e luminoso.<br /><br />-Imbecil.Grita alguém com olhos em brasa.<br />Os seus olhos atordoados procuram sentido.<br />Tens apenas uma confusão de luzes.<br />E fumaça...e o barulho dos carros.<br />Não, você não está no céu.<br /><br />Chore garoto.<br />Não sabes voar.<br />Não tem asas brancas e imponentes no céu.<br />Não, você não irá às estrelas.<br /><br /><br />Sabes agora a dor!<br />Sabes que é vivo.<br />Sabes que o mundo vive sem a proteção de tuas asas<br /><br />Um despercebido pisa no seu peito<br />Acaba com teu ar.<br />Tua divindade é tão terrena quanto a de um cão mórbido na chuva<br />Tua soberba está reduzida a boa vontade de quem não te enxerga<br /><br />Morre um anjo<br />E sabe agora que és apenas um humano<br />Que morrerá tão logo a vida lhe permita.<br />-ImbecilClaudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-90954133353724139842009-08-26T05:05:00.001-07:002010-03-03T09:44:02.834-08:00Quantos anosPor vezes o sincero é tão sutil<br />
Que se faz invisível aos olhos em luzir<br />
Tão sutil é, que se quebra em não existir<br />
Olhe ali, mais um inverno no fim<br />
<br />
O toque é tão macio<br />
Macio demais para ser percebido<br />
Pra que tocar<br />
Os olhos só enxergam o belo e o rico<br />
<br />
Por que não guarda todos teus segredos em tua alma?<br />
Carregue contigo até o último suspiro<br />
Leve-os para o inferno e entregue aos malditos<br />
Te acolherão com abraços e sorrisos<br />
<br />
Guarde um pedaço teu para tristeza<br />
E se esconda lá, para que não te vejam<br />
Não há perdões onde o existir não existe<br />
Quantos anos já foram?<br />
<br />
Sinto minha alma cansada!Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-51309916211219700402009-08-13T07:04:00.000-07:002009-08-13T07:06:48.749-07:00Desejo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i28.tinypic.com/11hdhr7.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 582px; height: 523px;" src="http://i28.tinypic.com/11hdhr7.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-82726208662778921152009-08-04T13:21:00.000-07:002009-08-04T13:27:39.529-07:00Destino<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i25.tinypic.com/28inmo3.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 668px; height: 306px;" src="http://i25.tinypic.com/28inmo3.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i28.tinypic.com/2a6mfb5.jpg"><br /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-3872628580943204402009-07-29T09:11:00.000-07:002009-08-18T18:19:45.868-07:00Alguém tem o telefone do Chico Buarque?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i29.tinypic.com/28hhbpw.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 423px; height: 572px;" src="http://i29.tinypic.com/28hhbpw.jpg" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-51426579271849181842009-07-25T19:13:00.000-07:002009-07-25T19:28:03.647-07:00Para que não tenhamos que sonhar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i32.tinypic.com/zof2tc.jpg"><img style="cursor: pointer; width: 574px; height: 1205px;" src="http://i32.tinypic.com/zof2tc.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i29.tinypic.com/2d9cs2o.jpg"><br /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-149750068003954042009-07-18T17:46:00.000-07:002009-07-18T17:49:26.481-07:008 segundosE se para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Seus planos seriam todos esquecidos.<br />E abandonados à impossibilidade do eterno<br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Com quem você ficaria abraçado?<br />Longa e confortavelmente em um último carinho.<br />Seu último afeto.<br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Qual imagem você levaria em sua retina?<br />O que seus olhos guardariam de eterno?<br />Em câmera lenta seus 8 segundos de eternidade.<br /><br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Qual seria o som que te feneceria?<br />Qual a orquestra que te tocaria<br />Que te embalaria e te faria dançar pela noite.<br /><br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Qual o sabor da sua vida?<br />Qual toque e majestade.<br />Sem olhar, sem ouvir..<br />Apenas sentir o sabor e se deliciar.<br /><br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Qual o seu legado?<br />O que resumiria em poucas palavras?<br />Seu recado, seu livro, seu pedido de desculpas!<br /><br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />Qual o cheiro do interminável?<br />Qual essência do seu existir?<br />O que tornaria o ambiente calmo, tranquilo?<br /><br /><br />E se o para sempre fossem apenas 8 segundos?<br />De que serviriam as promessas?<br />Quanto tempo? Sonhos.<br />E o agora?Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-84697546851353324642009-07-07T08:03:00.000-07:002009-07-07T08:06:08.854-07:00Estevão, o Suicida Covarde #11<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i32.tinypic.com/al6w7q.gif"><img style="cursor: pointer; width: 620px; height: 302px;" src="http://i32.tinypic.com/al6w7q.gif" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-43162082802593733292009-06-30T07:47:00.000-07:002009-06-30T12:18:50.214-07:00Fim de tarde<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i41.tinypic.com/2rh0ggg.gif"><img style="cursor: pointer; width: 630px; height: 754px;" src="http://i41.tinypic.com/2rh0ggg.gif" alt="" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i41.tinypic.com/xayw6g.gif"><br /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-11077018132172233072009-06-24T07:52:00.000-07:002009-06-24T07:55:29.987-07:00Estevão, o Suicida Covarde #10<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i44.tinypic.com/nd8kzr.gif"><img style="cursor: pointer; width: 681px; height: 402px;" src="http://i44.tinypic.com/nd8kzr.gif" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8893043367161146274.post-12385581808476552822009-06-16T04:31:00.000-07:002009-06-16T04:34:28.494-07:00Estevão, o Suicida Covarde #09<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://i43.tinypic.com/yoxvm.png"><img style="cursor: pointer; width: 796px; height: 529px;" src="http://i43.tinypic.com/yoxvm.png" alt="" border="0" /></a>Claudineyhttp://www.blogger.com/profile/06929355973718115097noreply@blogger.com0