21 maio 2009

Sobre a verdade


11 maio 2009

Ele

Os pelos já se confundem, descem, sobem e se enrolam. O mesmo acontece com ele, já não sabe onde está e de onde veio, quanto sentido isso faria se não fosse verdade, perdido se vendo, tentando fazer parte, ouvindo e não compreendendo, falando sem ter vontade, essa vontade que está em algum lugar, e é esse lugar que ele deveria estar, sendo quem é, o que é? A rua nunca foi tão escura, o barulho dos passos o seguem , alguém o segue, a mesma pergunta, quem sois vós, oh majestade? Fazes dele alguém que saiba voar. Infeliz, nem sabe mais que o medo de altura lhe aflige, pouco importa, quem liga pra isso? “-Alô, com quem você fala? -Oi, sou eu, quero te falar assim como me fala o silêncio inebriado por gritos e cabeças que giram, giram, giram, vêm em minha direção, só por diversão me assustam.” A se essas linhas te falassem o que ele sente, talvez se sinta como um pingo de chuva no calor escaldante do deserto, (apenas um adendo aqui será registrado, aquele deserto que se encontra em algum lugar que não tem direção, apenas desça, mas desça fundo, vá ao fundo, e irá perceber que nada mais belo que a superfície que sois). Aquela gota de chuva que antes de cair na areia, ou no lago, evapora, adeus, adeus. Ele sabe que não está sozinho, quanta gente, quanta coisa, respira, inspira, Oh grande e benevolente majestade, da-te um par de asas, daquelas das mais azuis que tiveres, daquelas que podem levantar o mundo, da-te asas e mostre a ele que podes voar.

08 maio 2009

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